domingo, 18 de outubro de 2009

Média salarial de docente no Estado é a pior do País

O ano de 2008 ficará marcado para os professores de escolas públicas em Pernambuco, mas por causa de um título que eles não gostariam de ostentar. O Estado teve a pior média salarial do Brasil na educação básica, segundo o Ministério da Educação (MEC): R$ 982. É a única unidade da federação com remuneração total abaixo de R$ 1.000. Comparando com o Distrito Federal, melhor pagador do País, a diferença é de 242%. O levantamento, organizado pela assessoria do ministro a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considera apenas docentes das redes municipais e da Estadual.
As tabelas do MEC traçam ainda a evolução salarial de 2003 a 2008. Nesse período, os educadores que atuam nas redes públicas de Pernambuco obtiveram aumento de 40,09%, melhor apenas que os colegas de Minas Gerais (38,22%), Rondônia (37,93%) e Amapá (35,26%). Só que, em 2003, os pernambucanos não recebiam o pior contracheque. Eram os piauienses, com R$ 539. Mas estes conseguiram dar um salto de 105% ao final desses cinco anos.
Desde janeiro, o governo estadual paga mais que o piso salarial nacional, de R$ 950. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação, são R$ 1.606 de média. É que o cálculo do ministério leva em conta salários pagos também pelos municípios, que puxam os números para baixo. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sintepe) diz que o valor divulgado pelo governo não é real.
“O Estado está mentindo. Nosso salário fica em torno de R$ 1.200, mas continua menor que a média nacional (R$ 1.527). Por isso não é novidade que estejamos em último lugar nesse ranking do ministério. Dizemos isso há anos”, rebate o presidente do Sintepe, Heleno Araújo. Conforme o sindicalista, a situação dos profissionais com nível médio melhorou, porém os que possuem diploma de nível superior não tiveram aumento significativo nos últimos anos.
Para quem encara a lousa diariamente, receber R$ 3.360 por mês, como os docentes do Distrito Federal, é um sonho. “Se tivéssemos um salário decente, não precisaríamos manter dois vínculos com o Estado. Mesmo que concedessem 100% de reajuste, ainda não seria o ideal”, critica Paulo Vasconcelos, 48, que há 20 anos leciona português e inglês na rede estadual.
O professor de química Giovanni Falangola, 41, trabalha os três turnos de segunda a quinta-feira. No fim do mês, o contracheque não ultrapassa R$ 1.040. Sua colega Felicine Costa de Lucena, 31, que ensina língua portuguesa, diz que a extensa jornada interfere diretamente na qualidade do ensino oferecido aos alunos. “Não temos hora para almoçar, quanto mais para pesquisar”, queixa-se ela, que ingressou na rede quatro anos atrás.
A Secretaria de Educação do Estado alega, por sua vez, que os educadores usufruem de vantagens como o Bônus de Desempenho Educacional (BDE), espécie de 14º salário. O governo afirma ter oferecido ainda 50 mil capacitações e três mil cursos de especialização e extensão, além de garantir notebook para 26 mil professores.
NACIONAL - Além de Pernambuco, outros 15 Estados estão abaixo da média salarial nacional, segundo o levantamento do MEC. Entre os 12 que superaram a marca, há apenas um nordestino: Sergipe, com remuneração de R$ 1.611. Por outro lado, quatro dos sete Estados do Norte entram nesse grupo: Roraima, Acre, Amapá e Amazonas. Do Sul, somente Santa Catarina amarga salário abaixo da média do País.
No que diz respeito ao ganho percentual de 2003 a 2008, Sergipe também beneficiou mais seus professores. Concedeu 124% de aumento no período. Alagoas mais que dobrou os vencimentos dos docentes, assim como Distrito Federal e Piauí. Mas todos, sem exceção, evoluíram.
De Cidades/ JC Publicado em 16.10.2009, às 22h02

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Estação Cultural




Ontem, realizamos uma visita à Estação Cultural Senador José Ermírio de Moraes localizada na av. Beira Mar, 990 - Piedade com a turma da oitava série (nono ano-tarde) da Escola Municipal Visconde de Suassuna devido ao convite do Núcleo de Cultura e Cidadania da Secretaria de Educação do Jaboatão dos Guararapes.


Primeiramente vimos a exposição Lua Gonzaga em homenagem ao grande compositor e cantor Luiz Gonzaga, em seguida, com as presenças da Prof.Maria Antônia, Prof. e Escritor Cobra Cordelista, Prof. e Escritor DouglasMenezes, Cordelista Geraldo Valério e de Lais Elaine tivemos um grande momento literário com a participação de todos.Esta última atividade faz parte de um projeto chamado Fazendo Giro Literário.Finalmente, encerramos a atividade com um delicioso lanche.Foi muito oportuno este momento haja visto termos junto à turma da oitava série, recentemente, trabalhado literatura de cordel.


Tenho certeza que os estudantes que ali foram gostaram e puderam perceber que também muito se aprende fora do espaço da sala de aula.Agradecemos a todos que proporcionaram este momento de lazer cultural.

domingo, 11 de outubro de 2009

Você sabe a diferença entre 1969 e 2009????????????

Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável."Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

domingo, 4 de outubro de 2009

NÃO É ERRADO FALAR ASSIM! Em defesa do português brasileiro-São Paulo, Parábola , 2009


Já passou da hora de professores, gramáticos, dicionaristas, autores de livros didáticos, elaboradores e corretores de provas de concursos, revisores e outros profissionais envolvidos com a linguagem deixarem de considerar como "erradas" tantas opções lingüísticas que há mais de um século estão definitivamente incorporadas à gramática do português brasileiro, ocorrendo inclusive na língua escrita mais monitorada, para não mencionar a literatura consagrada.Este livro faz uma defesa explícita do vernáculo brasileiro contemporâneo, com base nos resultados obtidos em investigações realizadas sobre ele por centenas de pesquisadores nos últimos quarenta anos. Não tem mais cabimento corrigir o que não está errado, punir o que não é crime, castigar quem é inocente. O português brasileiro é a nossa língua materna. Temos de ver e ouvir essa língua com olhos e ouvidos de brasileiros.Não se trata, porém, de querer abolir as formas tradicionais, clássicas, para impor as formas inovadoras, diferentes das padronizadas. Quem quiser continuar usando elas, que fique à vontade. Queremos apenas que as formas alternativas de falar e de escrever sejam também consideradas boas, bonitas e legítimas, e que sua análise e descrição sejam incorporadas serenamente nos materiais didáticos.Também não se trata de propor um "vale-tudo" lingüístico, como algumas pessoas desavisadas (ou mal-intencionadas) vêm apregoando ultimamente nos meios de comunicação. Se é verdade que o convívio social necessita de normas, também é verdade que essas normas (numa sociedade democrática) têm que ser renovadas e aperfeiçoadas periodicamente, para que elas estejam a serviço dos cidadãos (e não contra eles), para que todo cidadão se reconheça nelas e queira segui-las. Até agora, porém, temos sido oprimidos por prescrições obsoletas, incoerentes e autoritárias que muitas vezes contrariam o saber lingüístico intuitivo que todo e qualquer falante tem do bom funcionamento de seu próprio idioma. E, pior que tudo, essas prescrições são usadas como instrumentos autoritários de repressão e de exclusão social. Vamos fazer valer a nossa língua materna! Vamos desarmar o nosso convívio lingüístico!

sábado, 3 de outubro de 2009

MEMORIAL

Não me lembro com clareza da época em que tive meu primeiro contato com a escola, porém posso dizer que não fugi da regra, no primeiro dia de aula, parecia que o mundo havia caído sobre minha cabeça, aquele mundo estranho, a ausência dos meus pais fez-me chorar... Aos poucos, fui percebendo que se tratava de um mundo mágico e que, através dele, iria ter muitas alegrias na minha vida.
Fui alfabetizafo pelo método " Vovó viu a uva"( va-ve-vi-vo-vu), a cópia era muito valorizada e, algumas vezes, treinava com minha mãe em casa.
Minha mãe herdou da minha avô o interesse pela leitura e eu, por tabela, também me interessei por ler logo cedo.Meu primeiro livro de leitura foi "O pequeno príncipe" seguido de "Alice no país das maravilhas", a partir disso , meus olhos nunca mais se fecharam para o mundo encantado das letras.
Lembro que para dormir, minha única irmã contava histórias para mim.
Na época do início da minha adolescência, por possui uma personalidade introvertida, já havia lido cerca de 200 livros, saía pouco para me aventurar no mundo das histórias...
Acredito que por tudo isso, fiz meus dois cursos superiores na àrea de linguagem : Fonoaudiologia e Letras. Hoje me encontro como professor de língua portuguesa.
Hoje a leitura e a escrita fazem parte da minha vida, assim como minha família e meus amigos.

Avançando na prática 02







Sequência tipológica narrativa e descritiva.






Comecei minha segunda prática em sala de aula com a leitura do texto "Fuga" - Graciliano Ramos -TP3 p.106 para introduzir conceito e características de sequência narrativa e descritiva, depois, os aprendizes, em dupla, responderam às questões propostas.
Em outro momento, fiz a atividade da p. 109.Inicialmente, pedi aos estudantes que identificassem um objeto pela descrição.Logo em seguida, a classe foi dividida em dois grupos,cada grupo disse secretamente a um representante do outro grupo o nome de um objeto, esse representante, diante da classe, descreveu o objeto, sem dizer o nome, para que os menbros de seu grupo identificassem o objeto.
Ganhou ponto, quem adivinhou, dentro de um prazo estipulado,o objeto descrito.No final, pedi para que cada participante escrevesse um texto descrevendo um objeto de grande valor pessoal.
A turma, com a atividade proposta, ficou muito agitada (por se tratar de uma brincadeira).Desta vez, não ficaram tímidos.A maioria, acredito, alcançou o objetivo proposto.

Letramento em fotos...






















Letramento é o resultado da ação de ensinar a ler e escrever. É o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita .Surge um novo sentido para o adjetivo letrado, que significava apenas “que, ou o que é versado em letras ou literatura; literato” , e que agora passa a caracterizar o indivíduo que domina a leitura, ou seja, que não só sabe ler e escrever (atributo daquele que é alfabetizado), mas também faz uso competente e freqüente da leitura e da escrita. Fala-se no letramento como ampliação do sentido de alfabetização.
O nível de letramento é determinado pela variedade de gêneros de textos escritos que a criança ou adulto reconhece. Segundo essa corrente, a criança que vive em um ambiente em que se lêem livros, jornais, revistas, bulas de remédios, receitas culinárias e outros tipos de literatura (ou em que se conversa sobre o que se leu, em que uns lêem para os outros em voz alta, lêem para a criança enriquecendo com gestos e ilustrações), o nível de letramento será superior ao de uma criança cujos pais não são alfabetizados, nem outras pessoas de seu convívio cotidiano lhe favoreçam este contato com o mundo letrado.
Estudiosos afirmam que são muitos os fatores que interferem na aprendizagem da língua escrita, porém estudos recentes incluem entre estes fatores o nível de letramento. Paulo Freire afirma que "na verdade, o domínio sobre os signos lingüísticos escritos, mesmo pela criança que se alfabetiza, pressupõe uma experiência social que o precede – a da 'leitura' do mundo , que aqui chamamos de letramento.
E atualmente, o ensino passa por um momento complicado, pois a criança ou o adulto, em sua maioria, é alfabetizado, mas não é letrado. Ela(e) lê o que está escrito, mas não consegue compreender, interpretar o que leu e isso faz deste indivíduo, alguém com muitas limitações, pois se ele não interpreta ou compreende corretamente, ele terá problemas em todas as disciplinas que fazem parte do seu currículo escolar.De acordo com Freire (1989, p. 58-9), “(...) o ato de estudar, enquanto ato curioso do sujeito diante do mundo é expressão da forma de estar sendo dos seres humanos, como seres sociais, históricos, seres fazedores, transformadores, que não apenas sabem mas sabem que sabem.”Sendo assim, o professor tem um primordial papel no sentido de transformar esta pessoa alfabetizada, em uma pessoa letrada e isso se dá através de incentivos variados, no que diz respeito à leitura de diversas tipologias textuais e também utilizando-se de exercícios de interpretação e compreensão de diferentes tipos de textos, em que vários tipos de ferramentas podem ser utilizados. Podem ser usados materiais mais convencionais como livros, revistas, jornais, entre outros e materiais mais modernos como internet, blogs, e-mails, etc.
Portanto, mais importante que decodificar símbolos (letras e palavras), é preciso compreender a funcionalidade da língua escrita, pois é assim que o cidadão torna-se mais atuante, participativo e autônomo, de forma significativa na sociedade na qual este está inserido.